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A comissão organizadora do II ENCONTRO DE HISTÓRIA DO CAHL torna público o resultado dos Minicursos e Oficinas selecionados.

Em tempo salientamos que tanto os minicursos, quanto as oficinas acontecerão na manhã do dia 13 de Dezembro, das 08:00 ás 12:00hs

 

OFICINAS SELECIONADAS:

 

OFICINA DE ARTE RUPESTRE.

PROPONENTES: ELIENE SILVA DE LIMA/ZILDA  MARCELINA MIRANDA FERREIRA DE AZEVEDO

 

HISTÓRIA PARAQUÊ?

PROPONENTES: ARY ALBUQUERQUE CAVALCANTI JUNIOR E DANIELLE MACHADO CAVALCANTE

 

DEBATES DE GÊNERO PARA SALA DE AULA: POSSIBILIDADES DE ABORDAGENS. 

PROPONENTES: BRENA OLIVEIRA PINTO

 

FOTOGRAFIAS EM PERSPECTIVA: ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES DOS ÍNDIOS E NEGROS NO LIVRO DIDÁTICO.

PROPONENTES: ANA PAULA BATISTA DA SILVA CRUZ E MELIRA ELEN MASCARENHAS CAZAES

 

OLHARES E REFLEXÕES SOBRE A CACHOEIRA HISTÓRICA E PATRIMONIAL.

PROPONENTES: JOSEANE OLIVEIRA SENA

 

TRABALHO DE ESCAVAÇÃO ARQUEOLÓGICA. 

PROPONENTES: GEORGE SILVA DO NASCIMENTO E CAROLINE PEREIRA TEIXEIRA

 

 

MINICURSOS SELECIONADOS:

 

 

Título: Introdução aos Estudos Queer

Proponentes: Saoara Barbosa Costa Sotero e Mayana Rocha Soares

Resumo:O curso pretende discutir as problematizações e concepções da Teoria Queer, como proposta teórica para os estudos sobre sexualidade e política para o enfrentamento dos preconceitos e estigmatizações dos indivíduos, que não se identificam com a identidade sexual hegemônica.Partirá de uma contextualização do surgimento da teoria queer, a partir dos movimentos sociais americanos, utilizando como estratégia o esvaziamento da injúria social ao adotar o termo pelo qual os sujeitos eram classificados como estranhos esquisitos e anormais, que é o significado aproximado do termo queer.O minicurso prosseguirá apresentando como o movimento queer chegou às universidades, se consolidando como uma teoria, influenciada por filósofos como: Foucault, Deleuze, Derridá, dentre outros, baseado na desestabilização das categorias binárias de sexo e gênero, com uma proposta de desnaturalização das sexualidades, das concepções humanistas de sujeito e de uma atuação política pós-identitária.Ao final, tentará discutir duas questões principais: as contribuições da teoria queer as concepções de sexualidade, aplicadas aos estudos e pesquisas, e as possibilidades de políticas pós-identitárias em nosso contexto político atual.

 

 

Título: A história do terrorismo: diálogos e perspectivas

Proponnentes: Ramon Trindade Pellegrini e Paulo Tarso Mascarenhas Pedreira

Resumo: O objetivo desse minicurso é traçar um panorama histórico acerca do terrorismo. Uma categoria de grande importância na contemporaneidade, com um significado altamente ideologizado, marcado por contrassensos paradoxais. Este fenômeno ganhou relevância, sobretudo, na segunda metade do século XX, mas, principalmente, após os atentados de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos. Nesse sentido, abordaremos o tema de um prisma macro-histórico notando continuidades, rupturas e intensificações em diferentes contextos tempos-espaciais, dialogando com fontes primárias e bibliográficas. Dividimos o terrorismo em duas fases: 1) terrorismo moderno; 2) terrorismo contemporâneo. No que tange ao primeiro, diz respeito aos métodos de violência política que compõe o cenário que vai desde o “regime do terror” jacobino (1793-94) até o fim da Segunda Guerra Mundial. Com relação ao segundo, faz referência à fase que vai desde o início da Guerra Fria (meados do século XX) até os dias atuais. Essa divisão não se limita ao aspecto cronológico dos atos terroristas, mas aponta para às convergências e divergências no modus operandi, bem como no que se concebia/concebe por terrorismo. Tomamos para essa discussão referenciais teóricos do tema como Laqueur (1980) e Blischenko e Zhdanov (1983). Perpassando também por exames sociológicos como o de Ianni (2004), ou críticas mais contundentes como as de Chossudovsky (2004), Chomsky (1976) e Ali (2005). Trabalharemos também com fragmentos dos discursos oficiais dos presidentes George Bush e Barack Obama, bem como documentários. Objetivamos, durante a exposição, propiciar um diálogo intenso entre os participantes, mediando debates e aplicando didáticas a cerca da categoria terrorismo.

 

 

Título: Processos- crime: uma fonte para o estudo da História social

Proponentes: Clíssio Santos Santana e Mayara Pláscido Silva

Resumo: Este mini-curso propõe uma discussão sobre a utilização de processos-crime na prática historiográfica, centrando as análises em documentação das Comarcas de Cachoeira e Feira de Santana, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Pensado em dois momentos. Primeiro, uma localização teórico-metodológica sobre as possibilidades de investigação histórica percebidas em bibliografia específica, centrando nas experiências de escravizados, africanos e negros nascidos no Brasil e ex-cativos, em suas práticas de trabalho e sociabilidade, em diferentes cidades brasileiras. Segundo, visualização e análise de dois processos-crime, onde registram-se delitos ocorridos nas cidades de Cachoeira e Feira de Santana. A partir da análise descritiva do formato do auto-crime (composição de suas partes, sujeitos integrantes), destacaremos o crime, o momento delituoso como o estopim de relações sociais destrinchadas na documentação judicial, favorecendo, esta forma, pesquisas centradas nas vivências de grupo sociais negligenciados em outros tipos documentais.

 

Título: Entre História, Saúde e Doença

Proponente:  Ricardo dos Santos Batista

Resumo: Esse mini-curso tem como objetivo a discussão das novas perspectivas historiográficas no que diz respeito à articulação entre história, saúde e doença. Com as contribuições do movimento dos Annales e, especificamente, da Nova História Cultural, novos objetos passaram a ser pensado pelos historiadores. Destaca-se a forma como a saúde e a doença passaram a ser observados, não mais como um fenômeno biológico, mas como um fenômeno social. Através do estudo da saúde e da doença é possível conhecer mais sobre atitudes perante a morte, formas de alimentação, comportamentos sociais, sentimentos e reações relacionadas às epidemias. Sendo assim, propõe-se analisar como é possível realizar pesquisas que envolvam saúde e doença em nível local e regional, enfatizando a utilização de fontes e produções desenvolvidas sobre a temática aqui na Bahia.

 

Título: ORGIAS NA SENZALA: Sinais, Indícios e Vestígios do Erotismo e da Sexualidade do Homem Negro (Não) Escravizado na Diáspora Atlântica

Proponente: DANIEL DOS SANTOS

Resumo: O projeto luso-europeu de colonização do Brasil, além de proporcionar o encontro com o “outro” (ameríndios e africanos), provocou inúmeros imbricamentos históricos entre o Novo e o Velho mundo, integrantes de círculos culturais completamente divergentes. No Brasil Colonial, as concepções de sexo, sexualidade, erotismo e valores morais de ambos configuraram uma intensa colisão sociocultural em um ambiente classificado por Gilberto Freyre como “ambiente de intoxicação sexual”. O ambicioso projeto mercantil de colonização dos trópicos, movido pela larga utilização do trabalho escravo compulsório, segundo o sociólogo, seria um dos elementos responsáveis pela promoção da depravação e libertinagem sexual dos colonos e colonizados; depravação esta ferrenhamente combatida entre os séculos XVI e XVIII pela Igreja Católica e seu aparelho inquisitorial, que reprimiam e tentavam disciplinar as práticas sexuais coloniais, consideradas extremamente pecaminosas. A cultura cristã-católica de repressão das relações afetivo-sexuais contribuiu de forma decisiva para a transformação do erotismo e da sexualidade em assuntos tabus em nossa sociedade, sempre evitados e rejeitados socialmente através dos tempos. No processo de colonização e escravização de africanos e afro-brasileiros no Brasil é onde se encontram as possíveis origens dos mitos e estereótipos relacionados ao erotismo e à sexualidade do homem negro, como sua hipersexualidade e macrofalia hipotéticas, presentes no imaginário coletivo até nossa atualidade. As violentas tentativas de desumanização, zoomorfização, coisificação e animalização dos corpos de homens negros na diáspora africana através do tráfico humano transatlântico, que acabou desencadeando processos de (re)invenções de suas respectivas identidades, masculinidades e sexualidades, é o foco das discussões que serão desenvolvidas neste minicurso.

 

 

Título : Testamentos e Inventários post-mortem: usos e abordagens

Proponentes: Uelton Freitas Rocha\Ana Paula de Albuquerque Silva

Resumo da proposta: (até 2000 caracteres) Neste minicurso discutiremos alguns usos e abordagens históricas tendo os inventários post-mortem e testamentos como fontes de pesquisa. A historiografia, ao longo das últimas décadas, tem evidenciado a multiplicidade de possibilidades na utilização desses documentos e, ao longo do minicurso, debateremos, a partir de fontes e da literatura, quais as pesquisas são passíveis valer-se desses processos e quais são os seus limites. Entendemos ser o diálogo com as fontes um processo fundamental na construção das pesquisas históricas. Desta maneira, esta proposta se presta a auxiliar no aprofundamento das questões relativas aos usos de fontes primárias nas pesquisas.

 

Título: As Festas na Historiografia

Proponente: Fernanda Reis dos Santos

Resumo: As festas precisas ser pensadas como um campo repleto de significações, onde se exprime com intensidade as dimensões dos papéis sociais, isto é, os sujeitos não ocupam da mesma forma os espaços, ou seja, há nessa rede relacional um conflito de natureza simbólica, no sentido de que os diversos grupos vão tentar se afirmar através de seus fazeres culturais. Assim, o espaço constitui-se enquanto um lugar onde os atores vão construindo suas representações, produzindo discursos e significados, num processo dinâmico de resignificação.

O historiador Michel Vovelle afirma que os estudos sobre festas e devoções entre os historiadores foi uma descoberta tardia. Foi o pioneiro ao transformar a festa num objeto da História, divulgando esse novo campo historiográfico, e ressalta que como não há uma história imóvel também não há uma festa imóvel. Apesar dos festejos serem repetidos anualmente, não compõem uma estrutura fixa, rígida, ou seja, ocorre a flutuação dos elementos, que podem desaparecer, outros novos podem ser incorporados e há até mesmo a possibilidade de ressurgimento daqueles que foram abandonados ou esquecidos. Nesse sentido, é preciso compreender as manifestações festivas, sem perder de vista as rupturas, descontinuidades e permanências. A festa se converteu ainda no momento ideal para se pensar a religiosidade e como objeto de estudo se insere na chamada nova história cultural. Este minicurso visa analisar as abordagens e os aspectos teóricos e metodológicos das festas no campo da historiografia.

 

Título: A imagem como fonte da história: descrição e leitura pelo método do historiador da arte Michael Baxandall.

Proponentes: VIVIANE DA SILVA SANTOS E LYSIE DOS REIS OLVEIRA

Resumo: Ao descrever um objeto histórico, diversas perguntas podem ser feitas a fim de descobrir fatos pertinentes às causas da sua produção. Quem o fabricou, os materiais empregados, as influências de sua elaboração, as cores e formatos, são caminhos que podem ser seguidos para se obter informações acerca de um objeto que foi fabricado em um passado muitas vezes distante e nos causa estranhamento, curiosidade ou é o objeto imagem da pesquisa acadêmica que realizamos e que precisamos sempre saber mais sobre. Observamos um objeto ou uma obra de arte através dos nossos referenciais culturais e quando pensamos estar descrevendo os objetos, na verdade estamos representando o que pensamos sobre a obra. Desta forma, a fim de alargar a nossa percepção sobre o objeto-imagem, apresentamos neste minicurso os gêneros descritivos do historiador da arte Baxandall, como metodologia para tratar da explicação histórica de objetos que são fontes de pesquisa do campo da História, verificando as circunstâncias específicas que levaram o objeto a ser fabricado, analisando as suas causas, identificando os atores de sua fabricação e as experiências de sua recepção.

 

Título: CHARLES MAURRAS ENTRE CONSERVADORISMO E FASCISMO: LATINITÉ, UNION LATINE E DEFESA DO OCIDENTE (1914-1945)

Proponente: ALEŠ VRBATA

Resumo: A relação entre a direita radical (nazi-fascismo) e a direita tradicional ainda hoje constitui um grande assunto da historiografia europeia. Aliados, rivais e também inimigos, ambos lutaram contra o comunismo e demo-liberalismo mas enquanto os primeiros invocaram führerprinzip, l´action pour l´action,[WB1]  masculinidade viril, mitologia pagã, iracionalismo e exerceram  a política das massas, os outros pretenderam reconstituir a ordem tradicional e as suas elites. A análise fica complicada não só pela vagueza do termo "fascismo", variedade de terminologias alternativas mas também pela fluidez das relações mutuais, contextos diferentes históricos, teses imunizadoras e, claro, pelo caráter retrospectivo das definições.

O caso francês apresenta um caso complicadíssimo. Primeiro, a "thèse immunitaire"[WB2]  de Rémond começou a ser questionada só nos anos 70 com as obras de Paxton e Sternhell. Assim, o "fascismo francês" foi reconhecido como um fenômeno autenticamente francês. Segundo, Sternhell mapeou a genealogia do fascismo francês, abriu a questão da definição, mas a sua terminologia recentemente introduzida ("illuminisme – anti-illuminisme") resolve pouco.

Essa questão se aplica também ao conservadorismo representado pelo Charles Maurras frequentemente e erradamente designado de "fasciste". Charles Maurras e a Action française representam o centro doutrinário da direita tradicionalista europeia e ocidental. A doutrina maurrassiana da "latinité" católica e mediterrânea encontrou seus numerosos seguidores nos países ibéricos (Integralismo Lusitano, Acción Española), previu formação de um "bloc latin" integrando mediterrâneo ocidental e podia ser visto como uma extensão viável do iberismo. Ironicamente foram as relações à Alemanha que representam a discordância principal neste campo ibérico já desde 1914. Apesar disso a influência de Maurras continuava sendo forte até o fim do próprio regime salazarista em 1974.

 

Título: Arqueologia no ensino de História

Proponente: Fabiana Comerlato

Resumo da proposta: Este curso tem como objetivo apresentar a metodologia da educação patrimonial como uma possibilidade de prática educativa em aulas de História. Em especial, serão abordados e debatidos temas associados ao patrimônio arqueológico e a tradições culturais nos currículos escolares brasileiros. O curso será dividido em quatro partes: conceitos básicos de Educação Patrimonial, desenvolvimento de projetos pedagógicos, experiências da educação patrimonial na arqueologia e construção de materiais educativos.

Nesta possibilidade de diálogo com os participantes do minicurso, visamos estimular professores e estudantes de licenciatura em História a pensarem práticas colaborativas e inclusivas de percepção do patrimônio arqueológico em uma perspectiva local.

 

Título: Cemitérios: práticas mortuárias e representações da morte.

Proponentes: Cidália de Jesus Ferreira dos Santos Neta e Aline Gomes dos Santos

Resumo: O minicurso objetiva abordar o patrimônio cemiterial na perspectiva interdisciplinar, ou seja, dialogar com algumas áreas do conhecimento, mobilizando os ramos das ciências humanas, biológicas e sociais. Para tal ação, o curso será dividido em quatro módulos: o primeiro, abordará a história e evolução das práticas de enterramento; o segundo, retratará a história dos recintos funerários e, como estes espaços foram sendo ressignificados; o terceiro, destacará os cemitérios e seus atributos artísticos, existentes em várias partes do Brasil e da Bahia, apresentando elementos arquitetônicos, artísticos e ornamentais utilizados nos ritos de sepultamento. Como enlace final, o quarto módulo oferecerá aos participantes uma síntese dos principais teóricos da temática, dialogando com as demais áreas afins, além de evidenciar a importância desses locais como atrativo turístico e a necessidade de transformação deste patrimônio em herança cultural.

 

Título: História da criminalização do uso de drogas no século XX.

Proponentes: Jorge Emanuel Luz de Souza e Luísa Gonçalves Saad

Resumo: O mini-curso pretende apresentar um panorama geral do processo de construção do modelo proibicionista de gestão pública do uso de substâncias psicoativas no século XX.

Para tal, deverá, de forma introdutória, demonstrar a historicidade do conceito de “droga”, destacando as mudanças em seu significado ao longo do tempo e evidenciar a multiplicidade das formas de consumo das substâncias psicoativas e os sentidos culturais que acompanham tais práticas.

Num segundo momento, situará o contexto internacional de início do século, apresentando os elementos políticos, econômicos e culturais que concorreram para o surgimento da Liga das Nações e para a montagem da ideologia proibicionista, bem como demonstrará as singularidades da apropriação desse modelo pelo Brasil na década de 1930.

A seguir, discutirá a mundialização da “guerra às drogas” capitaneada pelos EUA, inserindo-a no contexto mais amplo da política externa norte-americana e suas consequências no presente, sobretudo, no Brasil, onde esse modelo tem gerado encarceramento em massa, marginalização e extermínio das classes subalternas.

Por fim, será dado destaque para o processo de criminalização da maconha no Brasil como mecanismo de controle de grupos sociais específicos, enfatizando o papel desempenhado por médicos, cientistas e autoridades públicas na consolidação de uma perspectiva condenatória do seu uso, bem como os saberes e práticas coletivas condenadas por ela.

Ao longo do percurso, serão exibidos trechos de filmes, imagens e citações para materializar os elementos discutidos e facilitar a compreensão dos conteúdos.

 

Titulo: A Questão Indígena em Debate

Proponentes: Profs. Jurema Machado e Fabrício Lyrio

Resumo: O minicurso terá a intenção de ministrar conteúdos referentes à história e cultura dos povos indígenas brasileiros, incluindo diversos desses aspectos, que caracterizam a formação da população brasileira, a partir dos povos indígenas no Brasil. O curso versará predominantemente sobre o que rege a lei, ou seja, a cultura indígena e o índio na formação da sociedade nacional, tratando de questões referentes à sua história, organização social, econômica, política e linguística. O objetivo é proporcionar aos futuros professores de história subsídios para atuarem no ensino da diversidade.

 

 

 

 

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